quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

2013

"Hello Liliana, How are you?"
"I'm fine, and you?"
Acenou-me, como se quisesse dizer que estava tudo bem "Your hair is different! It's nice."
"yeah, I made a little fringe."

Já não mudava de corte de cabelo há meio século. Acho que isso faz toda a gente reparar. Ainda não percebi se as pessoas olham tanto porque está horrível ou porque nunca viram uma pseudo-franja. A verdade é que me faz cara de rica. Só faz mesmo parecer. 
Nem sei porque me deu na cabeça de mudar de corte de cabelo quando 2013 foi o pior ano da minha vida. Talvez tenha brincado um pouco com a minha confiança. Talvez ache que o que não tenho é suficiente. Na verdade, é mais que suficiente. 2013 foi o pior ano da minha vida, mas nunca me senti tão completa. Carreguei tantos segredos meus este ano. Chorei tanto. Tanto com sofrimento alheio, como com auto sofrimento. Senti a minha vida por um fio, a vida dos meus avós por um fio e agora a da minha tia e até madrinha. Senti famílias a desmoronar ao meu lado e a sentir-me sortuda com a minha. Reconheci pessoas. Pessoas que nunca mais voltarei a confiar. Conheci pessoas que tentaram me conhecer. Conheci pessoas que achavam que me conheciam. Dificilmente conhecerão integralmente o meu pai, dificilmente conhecerão a sua filha. 
Desperdicei duas oportunidades de começar a minha vida, secretamente espero que a terceira seja de vez. Desejei muita sorte a muita gente. Ajudei muita gente. Rezei por mim e por muita gente. Tornei-me mais forte. Quando se sai de destroços sai-se definitivamente mais forte

O rapaz perguntou-me há quanto tempo andava ali. "Since October 2012". Espantou-se. "Right, don't need you to remind me that"

E foi quando acordei para a vida. Que comodismo, Liliana. Pus-me a trabalhar e outra vez a maré não está comigo, não vou acabar por pouco no final deste ano. Este ano já se está a tornar demasiado longo. 
Nunca tive tanta vontade de me refugiar no meu espaço. Nunca me senti tão acompanhada estando sozinha. Isto faz sentido? 

Faz sentido a vida ficar de pernas para o ar, quando certas coisas continuam a insistir na nossa vida como se fosse os velhos tempos? 

Não desejo mais que deixar todas as maldições que me atormentam em 2013

sábado, 28 de setembro de 2013

"Mudei de sítio. Levei a tralha toda e um carro. Fui sozinha para encontrar novas pessoas, pessoas, não robots egocêntricos. Por norma compra-se uma casa, aluga-se vá, nos tempos que correm. Encontrei uma bem pequena, bem ferrugenta. É cinzenta e cheia de pó. Com muita madeira. Arranjei maneira de fazer uma sala, uma cozinha e um quarto. Limpei tudo e pintei. Não era a minha casa de sonho, mas era um lar. Não me imaginava a casar e a ter filhos lá, mas imaginava-me a partilha-la com alguém que gosto. Um amigo próximo, talvez. E assim foi. Começámos por falar e ele a ir lá a casa para me ler a sua coluna no jornal. Era uma coluna aborrecida, acerca de acontecimentos monótonos. Ele lia e eu ficava orgulhosa da escrita dele. Há anos que não tinha um amigo assim, tão idêntico a mim. Daqueles simples, que estão lá para por o pé a frente do nosso para nos fazer cair no meio do chão. E ele ria-se com essas coisas. Eu ria-me com ele. Todos lhe perguntavam como estava a sua nova companhia, eu. Respondia com um sorriso que era só uma amiga, uma boa amiga. Porque os amigos não se perdem, pois não? Os grandes amigos.
Era uma nova pessoa, nada me prendia. Onde estava conheci as melhores pessoas mas também as piores. Tive os melhores momentos que alguém pode ter e bloqueio a minha mente para não se lembrar dos piores. Porque há muitas pessoas más. Daquelas que arrancam o nosso coração à dentada depois de o acarinhar. Mas ninguém é uma branca de neve para ser salva pelo seu príncipe e viver feliz para sempre, não é? Porque a definição de para sempre, nesta terra de sonhadores e mal amados, é um segundo, por vezes. O encantamento torna-se numa maldição. A maldição faz-nos procurar o que nos é familiar. Significativo é dar tempo ao tempo e já ninguém o faz. (...)"

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

(...) "Foi nesse instante que me apercebi que somos duas crianças à procura de tempo e espaço. Ou pelo menos eu sou. Não me lembro de estar contigo em 200 horas que tínhamos. Ficávamos um ao lado do outro cada dia que não estávamos bem. Mas não ficávamos lado a lado quando estávamos apaixonados." (...)

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Cinzento

Não sei o que fazer. Eras. Eras qualquer coisa. Qualquer coisa de extraordinário. Qualquer coisa de perfeito.
O que o Verão nos trouxe de bom, também transformou-te em algo desconhecido para mim. Puseste essa mudança em mim e eu acreditei. Estavas errado, eu continuo a mesma. Exactamente a mesma. Tu estás irreconhecivel para mim, para as pessoas que te
conhecem. Estás amargo, egoísta, triste, assustador e estranho. Voltaste-te para a tua outra faceta e não queres daí sair. Eu quis te ajudar, eu falei contigo, eu aconselhei-te, eu tentei. Mas a ajuda tem que ser recebida, e tu negaste. Fazes sofrer quem gosta verdadeiramente de ti porque não sabes valorizar. Acho que não sabes nada. Estás vazio. Nem te esforças. Talvez não seja eu quem te possa ajudar. Talvez deva ouvir todos os avisos para ter cuidado, de quem te conhece melhor que eu. Eu estarei aqui para ajudar quando souberes que precisas, mas não correrei mais atrás de ti. Tu não gostas de mim, tu não gostas de ninguém. És inseguro de ti e não és estável. É por isso que não sei o que fazer.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Como se perde algo que nunca se teve?

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Lost then found

Sinto-me um bocado perdida no tempo. Não é que fosse algo que não quisesse. Mas é só isto?
Fico anestesiada no comboio. Não consigo pensar. Porque estamos mesmo a fazer isto?
Ao outro dia vem-me as lembranças e todos os sentimentos que devia ter instantaneamente após te deixar. Vem-me um sorriso, uma lágrima. Tu és intenso na minha vida, na minha lembrança. Mas é isto que queres?
Todos os dias penso que contigo, todos os filmes lamechas fazem sentido. A felicidade faz sentido. Mas isto tudo me confunde. Porquê não largas mesmo tudo e és comigo o que podes ser? Porque é disso que estou à espera. Explica-me porque não somos novamente só nós, os dois? Estamos perdidos porque perdemos tempo?

I'm staring at tears on the pages
Of letters that I never could write
And I know that love isn't painless
But it's worth the risk, it's worth the fight
I'm playing it over and over
I wish that I could turn back time
Maybe we're wrong, but we could be right

 
Why do we say things we can't take back?
And why do we miss what we never had?
Both of us fell to the ground
And love was so lost that couldn't be found
What would it take to forget who's blame
I'm tired of crying at the sound of your name
Why don't we turn this around
Love aint the enemy
Don't you wanna be lost then found
Lost then found, lost then found
Love aint the enemy
We could be lost then found
 
 
Whatever we lost, I know we can find.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Everytime I try to fly

 
 
Notice me
Take my hand
Why are we
Strangers when
Our love's strong
Why carry on without me?

Everytime I try to fly
I fall without my wings
I feel so small
I guess I need you, baby
And everytime I see you in my dreams
I see your face
It's haunting me
I guess I need you, baby
 
I may have made it rain
Please forgive me
My weakness caused you pain
And this song's my sorry

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Há dias assim.

Há dias em que nem se devia sair de casa. Há dias que nem deviam mesmo de existir. Deviam de saltar do calendário. Dia péssimo, altura ainda mais péssima. Para esquecer.

Final de dia: tal e qual como previsto. Depressão autêntica e a única pessoa ao qual se desabafa nem companhia faz. It'sSad.
Há pessoas que deviam reverter os papéis. O que ela faria se me acontecesse o que lhe aconteceu?
- "Muito obrigadinha, quando vieres tenta não pedir desculpa, tenta não justificar porque não quero nem saber de lágrimas de crocodilo nem de quem são as tuas falsas prioridades."

Graças a Deus que neste mundo há outras pessoas. E nem precisam de saber que o nosso dia foi péssimo para serem as melhores companhias do mundo.

Tudo isto para agradecer: ThankYou.