terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Palha de Aço

Estava muito bem sentada num banco dentro de um dos grandes e maravilhosos pavilhões da minha faculdade à espera duma amiga minha. Passado um instante passaram duas conhecidas que me disseram "Olá". Respondi o mesmo, com um sorriso simpático na cara, quando uma delas fixa o olhar no meu cabelo cortado há uma semana. "O que aconteceu ao teu cabelo?! O teu cabelo fugiu?!". Foi aqui que começou todo o momento que ainda me lembro como se fosse hoje.
Após ela ter perguntado riu-se como uma maluca, num tom de gozo. Por outro lado, eu estava estática com a pergunta e a estupidez da rapariga. Disse-lhe que o tinha cortado. A verdade é que cortei mais de 15 cm de cabelo, mas não justifica a pergunta surreal que ela me fez. Adicionado a minha resposta ainda estava - "Mas digo-te uma coisa, mais vale o cabelo fugir e continuar lindo e brilhante que ter uma palha de aço amarela espetada na cabeça, sem fugir ou mudar." E é verdade, ela tem um cabelo horrivel, amarelo, palha seca que até deve fazer confusão ao mexer.
Levantei-me e ia a caminhar para sair daquele ambiente quando ela diz - "Tu só podias ser mesmo de Cascais, tens mesmo a mania." Deu, sem dúvida, o argumento errado. Viro-me e digo - "O que tu conheces de Cascais deve ser provavelmente o que vês na televisão e não conheces ninguém pessoalmente que comprove o que dizes. Portanto nao podes fazer estereotipos. Mas seguindo a tua lógica, deixa-me fazer-te uma pergunta, és uma drogada?" Via-se o ar intrigante dela, de espanto, de raiva. "Que estupida! Porque dizes isso?". Ora, só fiz a mesma lógica que ela, conheço algumas pessoas de X e outras que já foram a X e apenas oiço dizer que aquilo é só drogados e afins. Pela lógica dela, é o meu estereotipo de X, e ela sendo de lá, é uma drogada. Foi o que lhe expliquei. De repente, vem ela contra mim e dá-me uma estalada e começa a bater-me desenfreadamente.


Ou não, era giro levar porrada mas ainda não tive experiências dessas. Nem a história é real! Só um quarto, visto que o resto é tudo imaginação minha porque até nas histórias que invento gosto de ter razão! O principio é a única parte real desta história. E acabou com o meu desprezo para a rapariga de cabelo amarelo palha de aço.

"O desprezo é a forma mais subtil de vingança."
"Um pouco de desprezo economiza bastante ódio." (Jules Renard)

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Be my Valentine or Not!



Hoje só se vê casalinhos e coraçõezinhos e rosinhas vermelhas e tudo muito apaixonado. Não é para menos, é o Dia dos Namorados. Mas sobre isto há muito a dizer.
Para quê ter namorado neste dia se soubermos que ele não é o tal? Se soubermos quando vai chegar o fim? Mais vale no dia anterior, 13 de Fevereiro, fazer uma revisão à casa e vermos o que temos a mais e o que temos a menos. O que temos a menos pedimos de volta, o que temos a mais empacotamos tudo e pomos num molhinho junto à porta. Depois desta tarefa é fácil, basta pegar no telemóvel e mandar mensagem a dizer: "Trás o carregador do meu telemóvel que levaste e vem buscar as tuas coisas." Ele chega e não precisa de muita conversa, põe o carregador em cima da cama e começa a pegar nas suas coisinhas. Se ficar especado a olhar como quem pede conversa de blá blá blá, apenas diz-se: "Queres que te leve à porta?" E assim acaba a vida de presa e começa a verdadeira PARTYYYY, mesmo no dia dos namorados. Cá para mim os solteiros ainda se divertem mais neste dia do que os verdadeiros casais.
Não há arrependimento duma relação, porque sempre aprendemos alguma coisa, nem que seja não voltar a fazer o mesmo erro de ter uma relação meia aberta assim do nada.
Mas aprende-se muito mais, droga, bebidas, aprender a conviver juntos e a até a fazer crepes com chocolate!
Mas bolas quem não gosta de olhar para o lado sem qualquer tipo de culpa?

E assim digo, neste dia dos Namorados que venha os crepes não só com chocolate mas também com morango, com sabor a frutos silvestres e até, com Vodka!
 
 
"Tenho saudades desses dias em que vivi como num sonho, sabendo que a realidade era bem diferente, que na semana a seguir à tua partida iria cair do céu aos trambolhões e o meu lado racional iria começar a pôr tudo em causa."

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Papoila ou ópio?

“O meu passado se calhar tenha sido um erro. E, até, talvez tenha algum arrependimento. Tenho os meus critérios de entrada e saida e só aplico os de saida. Sei a partir de agora que a sabedoria não é tudo. Caimos nos erros ainda mais facilmente.
Acho-me sábia e fora do contexto na actulidade. Cresci rapidamente sem razão. Talvez por aprender e absorver lições de vida. E, talvez esses erros, não foram assim tão maus, mas completamente inconscientes: aventuras para não estar sozinha.
Não fui ensinada a ser a melhor e portanto comporto me exactamente como se fosse o contrário. E não, não sou o contrário: hoje estou requintada, estou madura, quase intocável e imaginável. Como se deve calcular, sou dificil, agora, de conquistar portanto só magoarei, e se algum dia fizer algo fora do normal, uma excepção aliás, será puramente por diversão. Porque na realidade neste mundo é comer ou ser comido e, sem dúvida, sei quanto valem as minhas pernas.”


"O amor cega-nos com toda a sua luz e força. Sabemos que estamos cegos, só nunca sabemos o quanto essa cegueira nos pode afastar da realidade."