segunda-feira, 10 de setembro de 2012

O que não era suposto.

Os objectivos tornaram-se outros. O que era importante há uns anos atrás, é simplesmente banal, actualmente. O que se vê é essencialmente saídas à noite, bebidas alcoólicas, roupa colada ao corpo e curta, nem original é, drogas, muitas drogas, tabaco, beijos e mais que beijos públicos.
As raparigas descobriram que podem controlar tudo, os rapazes descobriram que as podem magoar porque haverá a próxima sem qualquer problema, porque são todas iguais. As raparigas vestem um top com um decote forçado, a mostrar algo que têm demais ou de menos, vestem uma saia de dez centimentros e lá vão elas. Bebem mais que os rapazes, fumam mais também. Esperam pelo trigésimo rapaz que lhes dá atenção até dizerem às amigas que ele é uma porcaria porque se meteu com outra. E esperam pelo próximo. Isto para mim, antes, tinha um nome.
Eles, sabendo que não vão encontrar mais que aquilo que se mostra, brincam com o que encontram, por que assim até serão respeitados.
Elas já não querem ir ao cinema ou dar um passeio ao parque, querem cigarros à borla e uma ganza da mesma forma. Querem sentar-se na mota ao lado e andar a 180 km/h de carro. Querem ir às discotecas mais conhecidas até serem oito da manha. E ao fim da noite, quando vêm o rapaz com quem estiveram com outra rapariga, choram, desabafando que era o amor da vida dela.
Seria ingénuo acusar o sexo masculino de tamanha estupidez. Se não há raparigas decentes, querem que eles se tornem decentes? É tudo florzinhas e beijinhos, ela, ser a favor de drogas, bebidas, tabaco e sexo; ser a menininha popular, que todos gostam, que todos dão a atenção. Toda a gente gosta de ser amado, seja qual for a maneira. Esquecem-se é que tudo o que não seja moderado, enjoa.
 
As relações são vagas, sem paixão, intensidade. Sem lealdade, sem carinho, sem amor. De que vale ter uma pessoa temporáriamente se não preenche qualquer tipo de ausência de sentimento?
As pessoas da minha geração para a frente não são saudáveis. Não têm consciência. Não têm educação. Não são pacientes, não sabem crescer.
Preocupa-me bastante o que estas gerações vivem, preocupa-me bastante as gerações futuras. Choca-me, principalmente, ser das únicas a reconhecer que o mundo está ao contrário do que era suposto.

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