Errar é humano. É uma caracteristica humana que tem tendência a sair do saquinho vezes sem conta. E muitas vezes a ser tolerada vezes demais. Mas se errar nos pertence o perdão também. E o arrependimento. E porquê, duma maneira tão estranha somos tão contra uns aos outros, tão contra a quem amamos ou desconhecemos? Ironia das ironias vivemos tudo para o mesmo. Para viver melhor, para sermos felizes e cada um olha mais para o seu umbigo, sem saber quantas vezes o karma já falhou.
Por vezes temos que aceitar que não somos só nos. Eu neste mundo tão vasto. Porque o que depende de mim são tantas mais coisas que nem sei. E se eu olhasse mais para o meu umbigo, que é na verdade muito fundo, e menos para o dos outros? Já existe tanta gente infeliz que quis o mesmo que eu! Não é à toa que são mais os filmes com final feliz do que o contrário. Se não fosse assim, aí é que a esperançazinha que ainda existe neste mundo morria. Que voltasse o tempo! E as grandes decisões. Que voltasse o amor, o carinho, o quente, a compaixão, a amizade, a união. Que voltasse o tempo de pedir desculpas porque nunca mais ia acontecer, porque o arrependimento realmente matava! Que voltasse o principe para resgatar a princesa do dragão e a beijasse como se não houvesse amanhã. Que voltasse as promessas de antigamente que valiam a verdadeira vida duma pessoa. Acho que realmente vivo na época errada e no filme errado. Acho que tenho a vida trocada. Alguém me devolve a minha vida, por favor? Fui feita de mar e sol, amor e pipi das meias altas, girassois e ar fresco, mulher casa com homem porque ele a apoia e está lá para ela, como ninguém, de bolas de pêlo e risos, muitos risos, noites ao luar e conversas longas, ingenuidade e bondade, por favor vida, volta!
Sinto-me cada vez mais comum neste mundo desonesto. Neste mundo que sabe mais falar que agir, que sabe mais da vida do outro que da sua. Neste mundo poluído, preconceituoso e presunçoso. Neste mundo que não sabe o verdadeiro sentimento do que é importante ou não. Sinto-me uma dessas pessoas, nojentas e congestionadas, invejosas e matadoras, que não sabem o limite antes de experimentar. Pessoas que sabem mais falar do que pensar, pessoas que abrem a mão por nada.
Queria eu nascer noutro espaço, noutro mundo, seria eu a pessoa clandestina? Que por vezes, devo confessar que penso que gosto de ser do contra, que gosto de ser diferente, de ser especial. Porque quem não gosta do ouro, do diamante, do porsche? E pergunto eu outra vez, neste mundo de renaults, quem não gosta de ter um porsche? É pena é que haja pessoas que pensem que um porsche é um renault e que não precisa de cuidados especiais. Quem tem um porsche, compromete-se a tê-lo e a cuidar dele consoante as suas necessidades, por isso, é que um renault não é um porsche e só está reservado a quem o consegue ter.
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